Edmundo Alves de Souza Neto, conhecido apenas como Edmundo.
Informações pessoais
Nome completo: Edmundo Alves de Souza Neto
Data de nascimento: 2 de Abril de 1971 (37 anos)
Local de nascimento: Niterói, Brasil
Altura: 1,77 m
Peso: 75 Kg
Apelido: Animal
Informações profissionais
Posição: Atacante
Iniciou sua carreira profissional em 1992 pelo Vasco, clube ondemais se destacou e do qual se declara torcedor.Além do clube de SãoJanuário, defendeu alguns dos principais clubes de futebol do Brasil eda Itália, como Palmeiras, Flamengo, Corinthians, Santos, Fluminense,Figueirense, Fiorentina e Cruzeiro. Ficou conhecido como "Animal" porseu futebol habilidoso e ao mesmo tempo por seu temperamento forte epor sua indisciplina em campo. É considerado ídolo eterno do Palmeirase do Vasco, clubes pelos quais mais jogou em sua carreira.
História
1982 a 1994
Edmundo,começou no futsal, no Clube do Fonseca, em Niterói. Aos nove anos seu professor de judô o levou para o Vasco, em 1982. Edmundo ainda teria uma rápida passagem pelo Fluminense e pelo Botafogo.
Edmundo começou a ter destaque na mídia no dia 25 de agosto de 1991, num jogo preliminar de juniores contra o Botafogo. Vestindo a camisa 16, ele driblou quatro jogadores e o goleiro, marcando um belo gol. No dia seguinte, um cronista esportivo elegeu o gol do garoto como o melhor momento da tarde.
Em 1992 Edmundo foi lançado como titular pelo técnico Nelsinho Rosa, fazendo uma dobradinha no ataque com o veterano Bebeto. Sua estréia pelo Vasco foi em 26 de janeiro, na goleada de 4 a 1 sobre o Corinthians pelo Campeonato Brasileiro.Fez grandes atuações com a camisa cruzmaltina no torneio. O jogador repetiu as boas atuações no Carioca, sendo considerado a revelação do campeonato. Tais performances o levaram a estréia na Seleção Brasileira, em 21 de julho na derrota do Brasil para o Uruguai, em Montevidéu, por 1 a 0.
As boas atuações levaram ao interesse de outros clubes. Em 1993 transferiu-se para o Palmeiras num negócio de US$ 2 milhões, e por lá ganhou um bibrasileiro (1993 e 1994), um bipaulista e o Torneio Rio-São Paulo em 1993.
Foi em São Paulo que Edmundo ganhou o apelido - dado pelo locutor Osmar Santos - que levaria por toda a carreira: Animal. Osmar Santos concedia o apelido ao melhor jogador de cada rodada. Edmundo foi várias vezes destaque, e conseqüentemente diversas vezes agraciado com o apelido, que acabou identificando-o com a torcida palmeireinse. Contudo, devido ao seu temperamento arredio e o costume de levar cartões vermelhos, o apelido acabou por ganhar um significado pejorativo, de um jogador irresponsável e que não mede a conseqüência de seus atos.
A saída de Edmundo do Palmeiras foi mais uma polêmica em sua carreira. Brigas com o técnico Vanderlei Luxemburgo e com companheiros como Rincón, Antônio Carlos e Evair o levaram a recusar a proposta palmeirense de renovação do contrato.
1995 a 1999
Com o caminho livre, em 1995 Edmundo se transferiu para o Flamengo. Sua chegada teve carreata e desfile em cima de um carro de bombeiros. Ele faria o "ataque dos sonhos" com Romário e Sávio. Edmundo, porém, não deu certo, assim como o ataque rubro-negro, o que levou a torcida vascaína a criar o coro, após um empate em 0 a 0 com o arqui-rival Vasco: "Pior ataque do mundo, pior ataque do mundo, pára um pouquinho, descansa um pouquinho, Sávio, Romário, Edmundo!"
O ano de 1995 também ficou marcado em sua vida pessoal: no dia 2 de dezembro bateu seu Jipe Cherokee em um Fiat Uno na Lagoa Rodrigo de Freitas. Três pessoas morreram e o jogador foi culpado pelo acidente.
Edmundo acabou brigando com a diretoria do Flamengo, que o emprestou ao Corinthians para a disputa da Taça Libertadores da América. No clube paulista teve uma boa atuação, marcando 32 gols no primeiro semestre. Contudo, o Vasco lhe oferece uma proposta de contrato, que é aceita pelo jogador, que sai sem dar satisfação à diretoria corintiana.
Assim no segundo semestre de 1996 Edmundo voltou para o Vasco, clube que o revelou. Teve uma atuação de gala no Campeonato Brasileiro de 1997, sendo o principal responsável pelo título vascaíno do campeonato.
Naquele campeonato, Edmundo bateu dois recordes que já duravam décadas. O primeiro, quebrado no dia 11 de setembro, era o de maior goleador num único jogo. Edmundo marcou os seis gols da vitória por 6 a 0 sobre o União São João, de Araras, e ainda perdeu um pênalti. Os seis gols lhe valeram o recorde, que antes pertencia a Roberto Dinamite, Ronaldo, Edmar, Nunes e Bira, ambos com cinco gols.
O outro recorde foi o de maior goleador da competição. Ao marcar três gols na goleada de 4 a 1 sobre o rival Flamengo, no dia 3 de dezembro, o jogador passou Reinaldo, que tinha 28 gols, batendo uma marca que já durava vinte anos. Tal recorde só viria a ser quebrado em 2003, por Dimba, quando o Campeonato Brasileiro passou a adotar o sistema de pontos corridos, aumentando, assim, o número de jogos.
Apesar de não ter marcado nos dois jogos da finais, sua atuação foi polêmica. No primeiro jogo, no Estádio do Morumbi, Edmundo havia recebido um cartão amarelo e seria, assim, suspenso do último e decisivo jogo. Foi alertado pelo banco de reservas, então, para cavar uma expulsão, sendo assim não julgado a tempo pelo tribunal.
Ao final do segundo jogo, com o título brasileiro, o jogador afirmou:
''Esse é o título mais importante da minha vida.''
Naquele campeonato Edmundo terminaria com uma marca de 29 gols em 28 jogos, média superior a de um gol por partida.Depois da final de 1997 Edmundo foi para a Fiorentina, clube do Campeonato Italiano, onde fez a dupla de ataque com o argentino Gabriel Batistuta. Apesar do clube ter ficado em terceiro no Campeonato Italiano, a torcida acabou não perdoando o jogador por desfalcar o time para passar o Carnaval na cidade do Rio de Janeiro. Durante esse tempo, Edmundo também foi vice-campeão Mundial em 1998 e campeão da Copa América em 1997, ambos pela Seleção Brasileira.
1999 a 2003
Em 1999 Edmundo retornou ao Vasco pela quantia de US$ 15 milhões, a maior transferência já paga por um clube brasileiro até então. Lá fez dupla de ataque com o desafeto Romário. Depois das ótimas atuações no Mundial de Clubes da FIFA em 2000 Edmundo recebeu a promessa do presidente do Vasco, Eurico Miranda, de que Romário iria embora. Só que Romário não foi, e o jogador se recusou a enfrentar o Palmeiras pelo Torneio Rio-São Paulo, pelo fato da faixa de capitão ter sido dada a Romário e não ele.
Desgastada com Edmundo, a diretoria vascaína acabou emprestando-o ao Santos. Apesar do bom futebol mostrado no clube paulista, Edmundo reclamava publicamente dos salários atrasados, e acabou sendo devolvido ao Vasco, que o emprestou para o Napoli, da Itália. Edmundo não correspondeu às expectativas da imprensa italiana, e o Napoli acabou rebaixado ao final da temporada.
Cansado de ser emprestado para diversos times, Edmundo entrou na Justiça Desportiva em 2001, brigando pelo direito do seu passe. No mesmo ano ele conseguiria o passe livre, se transferindo para o Cruzeiro. Um tempo depois, porém, foi mandado embora por causa de uma declaração no jogo contra o ex-clube Vasco, em que o Cruzeiro perdeu de 3 a 0. Edmundo dera a seguinte declaração:
''Tomara que não faça gol. Se acontecer, vai ser por puro profissionalismo. Mas não haverá comemoração, porque não posso comemorar derrotas minhas, como torcedor vascaíno. ''
Na partida, o jogador desperdiçaria um pênalti.
Edmundo então foi contratado pelo Tokyo Verdy, do Japão. Como de praxe, não demorou a arranjar confusão. Contundido, voltou ao Brasil para fazer uma cirurgia no pé. No dia seguinte - mesmo de muletas - desfilou normalmente no Sambódromo, no carnaval do Rio de Janeiro.
Apesar de estar longe do antigo Edmundo, as boas atuações do jogador ajudaram o Tokyo Verdy a continuar à Primeira Divisão japonesa. No final de 2002 algumas especulações diziam que ele voltaria ao Palmeiras para disputar a segunda divisão, mas o jogador foi para o Urawa Red Diamonds, outro time japonês. Depois de três meses Edmundo rescindiu o contrato, alegando saudades da família.
No mesmo ano ele voltou ao clube de coração, Vasco da Gama. Lá, como no Santos FC, reclamava abertamente dos atrasos nos salários e não escondia a insatisfação com a qualidade do elenco. No final do ano foi embora, e chegou a declarar em entrevistas que pensara em encerrar a carreira.
2004 a 2007
Em 2004 Edmundo se transferiu ao Fluminense, reeditando a dupla com Romário. A parceria, porém, novamente não deu certo. Edmundo pouco atuou, passando grande parte da temporada no departamento médico. Acabou dispensado.
Após um tempo parado, surgiu a proposta de atuar no Nova Iguaçu, time da segunda divisão do Campeonato Carioca, onde faria dupla com Zinho, um dos donos do clube. Edmundo jogou por lá apenas dois jogos, tendo feito um gol. Saiu quando o Figueirense lhe fez uma proposta.
Lá, o Animal conseguiu mostrar parte do bom futebol de antigamente. Foi o artilheiro do time e peça fundamental para que o Figueirense escapasse do rebaixamento. Nesse brasileiro o atacante ainda fez história, tornando-se o quinto maior artilheiro dos Campeonatos Brasileiros, com 126 gols.
As boas atuações chamaram a atenção dos dirigentes do Palmeiras. Edmundo assinou com o clube em 2006, ficou até o final de 2007. Ainda no Campeonato Brasileiro de 2006, Edmundo marcou 10 gols pelo Palmeiras, se tornando o terceiro maior artilheiro da história do Brasileiro, com 136 gols. Edmundo só está atrás de Roberto Dinamite, com 190 gols e Romário, com 155.
''Estou feliz, sem dúvidas. Nunca imaginei que chegaria na minha carreira a chegar em um momento como esse. O que sonhava era comprar uma casinha para a minha mãe e um fusquinha incrementado. Nunca pensei em ficar atrás na artilharia só do Dinamite e do Romário.''
Em 2007 após um começo ruim Edmundo ficou de fora de alguns jogos fazendo uma preparação física personalizada. Em sua volta o Animal marcou 12 gols, em 10 jogos e foi o segundo artilheiro do Paulistão 2007.
2008
No final de 2007 o jogador passa a ser especulado no Vasco, por onde poderia voltar para terminar a carreira. As especulações se iniciam devido a declarações da diretoria palmeirense de que não iria renovar o contrato com o jogador. Contra Edmundo pesava o alto salário, estipulado em R$ 120 mil, a grande freqüência no departamento médico na temporada de 2007 e a vinda do desafeto Vanderlei Luxemburgo como técnico do Palmeiras.
Fora dos planos do clube alviverde, o atacante passou a ser alvo do interesse de vários times. O treinador do Internacional na época, Abel Braga, declarou que gostaria de contar com o jogador, mas a contratação foi vetada pela diretoria colorada. Coritiba, Figueirense e São Caetano seriam outros interessados em contar com o futebol do ex-palmeirense. Edmundo, contudo, nunca escondeu a preferência em voltar e terminar a carreira no Vasco, o que fez que com negociasse apenas com o clube cruzmaltino.
A negociação foi lenta e demorada devido a ação judicial que o jogador movia contra o ex-clube, pedindo 14 milhões de remunerações não pagas.O atacante aceitou reduzi-las pela metade e após o acerto salarial foi anunciado oficialmente no dia 21 de janeiro. Na sua apresentação o jogador voltou a falar de sua relação com o Vasco, classificando-a de uma 'empatia fora do normal', prometeu encerrar a carreira no clube e revelou que um dos motivos para sua volta foi a de tentar se reconciliar com o ex-desafeto Romário.
Já tendo declarado seu desejo de encerrar a carreira na equipe cruzmaltina, Edmundo teria despedido-se dos gramados no dia mais triste da história do Vasco, em que o clube, que desde 2003 convivia com ameaças de rebaixamento, enfim caiu pela primeira vez para a Série B, tornando-se o terceiro grande carioca a sofrer o descenso para a segunda divisão.
Títulos
Vasco da Gama
* Campeonato Carioca: 1992
* Campeonato Brasileiro: 1997
Palmeiras
* Campeonato Paulista: 1993, 1994
* Torneio Rio-São Paulo: 1993
* Campeonato Brasileiro: 1993, 1994
Seleção Brasileira
* Copa América: 1997
* Bola de Prata: 1993, 1997
* Bola de Ouro: 1997
* Chuteira de Ouro do Brasileiro: 1997
* Artilheiro do Campeonato Brasileiro: 1997 (29 gols)
* Artilheiro da Copa do Brasil: 2008 (6 gols)
Curiosidades
* Na partida contra o Cruzeiro, no dia 4 de Setembro de 2008, pelo Campeonato Brasileiro, Edmundo pela primeira vez atuou como goleiro. O fato ocoreu aos trinta minutos do segundo tempo, quando o goleiro Tiago foi expulso e o treinador Tita já havia feito as três substituições. Edmundo assumiu a resposabilidade de virar o goleiro da equipe, mas não conseguiu evitar o gol de pênalti.
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