Tita espião

 

Tita, ex-técnico do Vasco, era o espião do clube contra os times mexicanos. Ele atuou por anos no futebol de lá e conhecia bem os times locais.

 

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Olha a lei da mordaça aí!

 

Na véspera do jogo entre Vasco e América, na Cidade do México, Donizete reclamou, publicamente, do esquema de Antônio Lopes que, segundo ele, sacrificava os atacantes.

 

Furioso ao saber da declaração, Eurico Miranda "soltou os lagartos" para cima do Pantera.

 

- O Donizete tem uma cabeça desse tamaninho (com os dedos, mostrando algo bem pequeno). E por causa disso vai levar um esporro público - avisou para depois cumprir a promessa - No Vasco, meu filho, é proibido reclamar em público do esquema. Proibido, entendeu? Agora, está tudo bem porque você não sabia. Mas da próxima vez vai ser diferente - ameaçou.

 

Donizete abaixou a cabeça e saiu de fininho para o quarto...

 

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Vágner, o ousado

 

Na véspera do jogo entre Vasco e Grêmio, pela primeira fase, o lateral-direito Vágner era apresentado em São Januário. O jogador seria fundamental na conquista do título com seu futebol habilidoso, ousado e, por algumas vezes, debochado.

 

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Calma, galera!

 

No jogo Vasco X Grêmio, pela primeira fase, a torcida compareceu em tão bom número que cerca de mil torcedores vascaínos arrombaram o portão de entrada. Um grande tumulto se iniciou até que o presidente, Antônio Soares Calçada, mandou que todos os portões fossem abertos e a TV transmitisse o jogo para o Rio de Janeiro.

 

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Ah se o tempo voltasse...

 

Os ingressos para o jogo Vasco X Grêmio, pela primeira fase, em São Januário, estavam sendo vendidos a R$ 5 a arquibancada. Na final da Copa Libertadores de 2008, entre Fluminense e LDU, por exemplo, os ingressos para o mesmo setor foram vendidos a R$ 80.

 

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Escrita quebrada

 

Ao vencer o Grêmio por 3 a 0 em São Januário, o Vasco deu fim ao longo jejum que se arrastava. Há quase nove anos o Gigante da Colina não derrotava o Tricolor dos Pampas.

 

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Engraçadinho...

 

No jogo Vasco X América do México, pela última rodada da primeira fase da Copa Libertadores, o lateral-direito Terrazas, da equipe mexicana, estava no banco de reservas até que resolveu dar uma de espertinho e entrou no campo sem que o árbitro percebesse. Após dois minutos atuando, o jogador foi expulso. Na saída, ele comentou.

 

- Resolvi entrar. Não sei porque - disse o engraçadinho.

 

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Guerreiro ferido

 

Atuando contra o Friburguense, em partida válida pelo Campeonato Carioca, o volante Luisinho sofreu um afundamento de crânio, o que o levou a ficar de fora do segundo jogo das oitavas-de-final. Na ocasião, sua mulher, em prantos, se deslocou até Friburgo preocupada com as informações desencontradas das rádios.

 

O jogador sofreu intervenção cirúrgica, levou 50 pontos, e após semanas de recuperação, retornou ao time e jogou contra o Grêmio, já na primeira partida das quartas-de-final.

 

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Reizinho de volta

 

O segundo jogo das oitavas-de-final marcou a volta de Juninho Pernambucano ao time do Vasco. O jogador ficou cerca de três meses longe do gramado em virtude de uma pubalgia. O Reizinho de São Januário ainda iría aprontar mais na frente...

 

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Pancadaria?

 

Após o primeiro confronto das quartas-de-final entre Vasco e Grêmio, em Porto Alegre, os cruzmaltinos alegaram que os gaúchos abusaram da violência. Os jogadores do Tricolor, no entanto, se defenderam antes da partida de volta, em São Januário.

 

- Futebol é para homem, não para moças - disse o lateral-esquerdo André Silva, na época.

 

O volante Fabinho, que era muito conhecido por sua rispidez, também não deixou barato.

 

- Me pisaram no último jogo e eu não fui para a imprensa. Quem quer bater tem de estar preparado para levar - ameaçou.

 

O Vasco, porém, preferiu jogar futebol e acabou classificado às semifinais.

 

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O bem que virou mal

 

Em meio a disputa da Copa Libertadores, o Vasco assinou um contrato de parceria com o Nations Bank. Um poderoso banco norte-americano que ofereceu mundos e fundos ao Gigante da Colina. De início, o clube recebeu a bagatela de US$ 30 milhões.

 

O tempo passou e a parceria que, outrora, era vista como um divisor de águas pelos vascaínos, acabou tornando-se um pesadelo. O banco faliu, e o Vasco mergulhou num imenso mar de dívidas, não superadas até os dias de hoje.

 

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O que é a ironia do destino...

 

Antes do confronto com o River Plate, Juninho andava triste em São Januário. Isso porque, o técnico Antonio Lopes resolveu colocá-lo no banco de reservas. A armação de jogadas seria uma missão para a dupla Pedrinho e Ramon. Diante da situação, o "pernambuquinho" acenava até com a possibilidade de sair do clube.

 

- É claro que tenho que respeitar a decisão do treinador. Ele optou por colocar outro jogador. Tudo bem. O Vasco possui grandes jogadores. Mas preciso analisar minha situação. Estou no clube há três anos e não quero começar tudo do zero novamente. Quero meu lugar na equipe e jogar. Começo a me questionar, meu ciclo no Vasco pode ter acabado. Coloquei isso para o Lopes. Estou realmente chateado. Vou cumprir meu contrato até dezembro e, então, analisar o que é melhor para o meu futuro - desabafava o Reizinho da Colina na época.

 

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Retorno do paredão

 

O goleiro Carlos Germano foi a novidade do Vasco antes do primeiro confronto com o River Plate pelas semifinais. O camisa 1 da Colina estava na Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo daquele ano. Sem jogar há 50 dias (foi reserva durante toda a competição) ele apresentou certa falta de ritmo na partida em São Januário.

 

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Pantera faminta

 

Sedento pelo título da Libertadores, Donizete demonstrou toda sua vontade para a partida contra o River Plate, na Argentina.

 

- Meu sonho e de todos os vascaínos é ser campeão. Se tiver que bater a cabeça na trave para sair de campo com a vitória, vou bater - prometia.

 

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Que confiança, hein?!

 

Na véspera da partida decisiva entre Vasco e River Plate, em Buenos Aires, um repórter do Diário Olé, tradicional jornal esportivo argentino, escreveu para o LANCE! e demonstrou bastante confiança na classificação de seus conterrâneos. Confira:

 

"A classificação para a final da Libertadores está nas mãos do River, que conseguiu um bom resultado em São Januário. O River começou a partida adormecido, mas quando acordou, mostrou que pode vencer tranqüilamente a partida de volta, em Buenos Aires, por dois gols de diferença. Inclusive, o River podia ter saído do Rio com um empate, pois o Vasco cedeu muito espaço no segundo tempo. Mesmo com a vitória, a situação agora é mais precupante para o Vasco, mesmo podendo empatar, do que para o River. A pressão no Monumental de Nuñez será grande e o River partirá com tudo ao ataque. O Vasco, certamente, terá problemas para conseguir a vaga."

 

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Cadê meu pagamento?

 

Um fato curioso ocorreu no intervalo da partida Vasco X River Plate, em São Januário. O árbitro uruguaio Gustavo Mendes recusou-se a entrar em campo - atrasando o jogando em dez minutos - e alegou que só retornaria mediante o pagamento de seu serviço. Após o veto de Eurico Miranda, a autoridade mudou de idéia e voltou ao gramado.

 

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Argentino provocou demais e...

 

Famoso por seu estilo fanfarrão, o técnico do River Plate na época, Ramon Díaz, provocou bastante o Vasco antes do confronto pela semifinal. Em uma de suas alfinetadas, o argentino menosprezou a qualidade do Gigante da Colina.

 

- O Vasco não sabe jogar contra equipes que jogam futebol, e nós jogamos futebol - provocou.

 

Juninho Pernambucano que o diga...

 

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Provocação e arrogância argentina

 

Como não poderia deixar de ser, os argentinos do River Plate fizeram diversas provocações ao Vasco antes da partida decisiva. O técnico Ramón Díaz, por exemplo, desdenhou do Gigante da Colina.

 

- O Vasco não é grandes coisas. Ele sentirá a pressão de jogar no Monumental de Nuñez - avisava.

 

Mas não só os membros da delegação do River primavam pela arrogância. A própria imprensa local gostava de destilar seu veneno.

 

Após o treino do Vasco, realizado no CT do Vélez Sarsfield, o técnico Antônio Lopes atendeu gentilmente os jornalistas. Um deles, porém, foi um pouco mais ousado no diálogo.

 

- O senhor acha mesmo que o Vasco tem condições de vencer o River em pleno Monumental? - perguntou.

 

- Acho - respondeu o "delegado", espantado com a pergunta, e retrucado depois.

 

- O senhor não me pareceu muito convincente com a resposta - disse o repórter.

 

- O Vasco preza pela humildade - disse Lopes para depois ser "alvejado" por outra pergunta:

 

- O que o senhor acha do River? - indagou.

 

- O melhor time do mundo - declarou o treinador, com um sorriso para lá de desafiador.

 

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Entra por um ouvido e sai por outro

 

As provocações do River Plate não surtiram efeito em São Januário. Focados, os jogadores do Vasco não entravam no clima que os argentinos queriam estabelecer, na tentativa de desestabilizaram o time do técnico Antônio Lopes.

 

- Os argentinos tentam criar um clima hostil porque crescem jogando dessa forma. É o estilo deles. Não podemos cair nessa. Temos de jogar futebol - dizia o experiente Mauro Galvão antes da primeira partida da semifinal.

 

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Vacinados

 

Torcedores do Vasco que foram assistir à segunda partida da final, em Guaiaquil (EQU), tiveram de tomar vacina contra a febre amarela antes de embarcarem. Isso porque a cidade equatoriana sofria de epidemia na época.

 

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Mesmo fora, Edmundo se sentia no Vasco

 

Há dois dias da final, Edmundo (na época jogador da Fiorentina, e de férias no Brasil) disputou uma pelada de futebol de areia, em Copacabana, com a camisa do Vasco. No período, especulava-se uma possível volta do Animal ao Cruzmaltino e o acerto parecia perto. Ao comentar a situação, ele chegou a usar o termo "nós" ao falar da partida do Gigante da Colina contra o Barcelona de Guayaquil.

 

- Nós primeiro temos que ganhar do Barcelona e só depois pensar em Tóquio. Ih, eu estou até falando "nós". Quis dizer o Vasco... - disse.

 

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Momento de fé

 

Dois dias antes da final, a capela de Nossa Senhora das Vitórias, dentro do complexo de São Januário, foi reaberta. Na ocasião, uma missa foi realizada, sob a benção do Padre Lino (vascaíno convicto) e jogadores e comissão técnica marcaram presença.

 

Todos fizeram as preces necessárias antes da decisão mais importante em 100 anos de existência do Clube de Regatas Vasco da Gama.

 

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Donizete sonhou com o gol do título

 

Para os que acreditam que os sonhos fazem parte da realidade, o atacante Donizete acabou sendo um bom exemplo. Dias antes do jogo decisivo contra o Barcelona, em Guaiaquil, ele informou que andou sonhando com um possível gol de título.

 

- Já sonhei que estava marcando o gol da vitória contra o Barcelona - dizia sem saber, quatro dias depois, que marcaria o segundo na vitória por 2 a 1.

 

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Quiñónes agradeceu o carinho dos vascaínos

 

Quando o Barcelona de Guayaquil desembarcou no Rio de Janeiro, um dos jogadores mais procurados pela imprensa brasileira foi o zagueiro Quiñones. Em entrevista exclusiva ao LANCE! o jogador comentou a expectativa em torno da final e aproveitou para agradecer o carinho dos torcedores cruzmaltinos no período em que atuou no Vasco, onde foi campeão brasileiro, em 89.

 

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Que sufoco!

 

Um grande tumulto aconteceu na chegada do Vasco ao Equador. Muita hostilização e até pedras foram arremessadas ao ônibus vascaíno. Maricá chegou a ficar com o dedo cortado.

 

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Mandinga

 

Na entrada do hotel onde o Vasco estava concentrado, um grupo de índios da tribo "Hijos del Sol" fizeram uma defumação. Segundo os nativos, o trabalho era anti-Eurico Miranda e também visava anular a macumba do folclórico massagista Pai Santana.